quarta-feira, 31 de agosto de 2011


"Eu espero a Vida, não a Morte. Não sei se ela virá. E não sei se apenas por estar dentro dela, isso significa que ela esteja em nós, em mim."



CaioFAbreu in Limite Branco

"...eu queria grandes espaço, amplitudes azuis onde meus olhos pudessem se perder e meu corpo pudesse se espojar sem medo nenhum. Queria e quero — ainda. Voar junto com alguém, não sozinho."



CaioFAbreu in Limite Branco

terça-feira, 30 de agosto de 2011


"Por um momento desejarás então acender a luz, dar uma gargalhada ridícula, acabar de vez com tudo isso, fácil fingir que tudo estaria bem, que nunca houve emoções, que não desejas tocá-lo, que o aceitas assim latejando amigo beloremoto, completamente independete de tua vontade e de todos esses teus informulados sentimentos."



CaioFAbreu - Natureza Viva, In Morangos Mofados

Roberta Sá, Ney Matogrosso e Trio Madeira Brasil - Peito Vazio

segunda-feira, 29 de agosto de 2011


"Mas parecia vacilar às vezes — só parecia, qualquer coisa nos olhos, no passo —, como se fosse cair. Não caía. Por trás da fragilidade física escondia-se uma extraordinária força."


CaioFAbreu in Pequenas Epifanias

"O sol se apaga de mansinho.
A sombra cresce
A voz da noite
Diz baixinho:
Esquece... esquece."


Elena Kolody

Do face do Jairo!
Infinito...

"Merece o amor quem trabalha por ele, quem sofre por ele, quem não quis ser mais inteligente do que sensível."



Fabrício Carpinejar

“Porque tu sabes que é de poesia
Minha vida secreta
[...]
Ainda que tu me vejas extrema e suplicante
Quando amanhece e me dizes adeus.”



Hilda Hilst

domingo, 28 de agosto de 2011




"(...) Não sei me despedir de você."




Fabrício Carpinejar

"Um passo para a frente e cem para trás. Retrocessos. Descaminhos. Procuro sinais de algum amor teu. Vestígios de noites passadas. Tu não me vês, estou incógnita a te observar. Como sempre estive, olhando pelas janelas, de longe, coração apertado. Nós poderíamos ser amigos e trocar confidências. Assistiríamos a filmes, taça de vinho nas mãos, e tu me detalharias as tuas paixões e desatinos. Nós poderíamos ser amantes que bebem champanhe pela manhã aos beijos num hotel em Paris. Caminharíamos pela beira do Sena, e eu te olharia atenta, numa tentativa indisfarçável de gravar o momento e guardá-lo comigo até o fim dos meus dias. Ou poderíamos ser apenas o que somos, duas pessoas com uma ligação estranha, sutilezas e asperezas subentendidas, possibilidades de surpresas boas. Ou não. Difícil saber. Bato minhas asas em retirada. Tu dormes, e nos teus sonhos mais secretos, não posso entrar. Embora queira. À distância, permaneço te contemplando. E me pergunto se, quem sabe um dia, na hora certa, nosso encontro pode acontecer inteiro. Porque tu és o único que habita a minha solidão. "



CaioFAbreu

"Chorar de compreensão meio estúpida pela perdição humana, pela nossa fragmentação, pelas nossas tentativas freqüentemente tão inábeis, mas tão sinceras também, de “acertar”, de fazer as coisas “do melhor jeito”



CaioFAbreu Carta a Adelaide Amaral.

sábado, 27 de agosto de 2011


"Creio que movido pela esperança de que a luz e o calor pudessem amenizar a dor e secar as feridas, aproximei-me lentamente do fogo."



CaioFAbreu - Pedras de Calcutá

"O que dói em você, pouco me importa.
Eu não cavei teus abismos de mim.
Fui teu abrigo, teu barco
e lua cheia iluminando caminho.
Você escureceu nosso afeto,
você minou nosso rio.
Pra eu ficar, só precisava do seu toque agasalho
você me deu esse punhado de frio."


Marla de Queiroz

"A primavera chegará,
Mesmo que ninguém mais saiba seu nome,
Nem acredite no calendário,
Nem possua jardim para recebê-la..."



Cecília Meireles - Obra em Prosa




"...acredite em mim, uma cicatriz não se forma num morto.
Uma cicatriz significa: "Eu sobrevivi".



Chris Cleave, do livro Pequena Abelha

terça-feira, 23 de agosto de 2011




"Estou ferido e cansado. Mas não ao ponto de parar de lutra pelo que, penso, seja a maneira mais correta e digna de agir..."



CaioFAbreu in carta à Luiz Fernando Emediato



"No mais, arrasto minha solidão por dentro do cinza deste agosto interminável em direção não sei bem a quê. Setembro, quem sabe? Ou outubro, ou novembro."



CaioFAbreu in Carta à Luiz Fernando Emediato

segunda-feira, 22 de agosto de 2011




"Saber a hora de ir embora é coisa que só o tempo aprimora..."



Marla de Queiroz




'Acordei sem a menor dificuldade, espiei a rua em silêncio, muito limpa, as azaléias vermelhas e brancas todas floridas. Parecia que alguém tinha recém pintado o céu, de tão azul. Respirei fundo. O ar puro da cidade lavava meus pulmões por dentro. Setembro estava chegando enfim.'


CaioFAbreu in Quando Setembro Vier - Pequenas Epifanias



"Cada vez mais lento eu caminhava. Par longe do rio. Para longe da pedra. Para longe do medo. Para longe de mim."



CaioFAbreu - Caio 3 D: o essencial da década de 1970



"Pelos descaminhos, meu rumo se perdia, eu tornava a buscar, recomeçava e novamente errava e novamente insistia..."



CaioFAbreu - Caio 3 D: o essencial da década de 1970

domingo, 21 de agosto de 2011



"Disfarçado, comecei a chorar. Troquei os óculos de lentes claras pelos negros ray-ban — filme. Resplandecente de infelicidade, eu subia a Rua Augusta no fim de tarde do dia tão idiota que parecia não acabar nunca. Ah! como eu precisava tanto que alguém me salvasse do pecado de querer abrir o gás."


CaioFAbreu in Pálpebras de Neblina - Pequenas Epifanias

sábado, 20 de agosto de 2011




"Estava ficando velho, sentia saudade e remorsos por não tê-la assumido, mandou buscá-la para que ficasse junto dele enquanto envelhecia e pudessem assim reunir os pedaços de cada um."



CaioFAbreu in Onde andará Dulce Veiga?


quinta-feira, 18 de agosto de 2011




"Na minha solidão cabe um livro. Pode ser Clarice, Caio ou Adélia. Cabe um lágrima rolando sozinha, mas que me acrescenta algo de divino. A lágrima é que me humaniza. Faz com que eu estique a alma num varal de delicadezas."


Cris Carvalho

"Que eu possa morrer de amor e, ainda sim, ser discreta.
Que eu possa sentir tristeza sem que ela se aposse de toda a minha alegria. E que, se um dia eu for abandonada pelo amor, não deixe que esse abandono seja para sempre uma companhia."


Marla de Queiroz

terça-feira, 16 de agosto de 2011


"Tão completamente sento e espero que quase acredito ir além deste estar sentado no meio de escombros, here and now..."



CaioFAbreu

domingo, 14 de agosto de 2011


" E no entanto, eu não desato esse laço. Tão apertado, parece forca."



CaioFAbreu

"Porque chega uma hora em que você tem que escolher a vida. Eu talvez não saiba bem ainda o que isso significa, mas é claro para mim que a hora desta escolha é agora, está acontecendo."


CaioFAbreu - Cartas


"Uma vez me disseram que eu jamais amaria dum jeito que "desse certo"... Pode ser. Pequenas magias"



CaioFAbreu in Morangos mofados




"Talvez, afinal, eu devesse começar a acreditar em milagres. Em rezas, em sonhos, em delírios."



CaioFAbreu in Onde andará Dulce Veiga?

sábado, 13 de agosto de 2011




"Me queimo em sonhos, tocando estrelas."



Hilda Hilst



"...e a olhou pela última vez para todo o sempre com os mais luminosos, mais tristes e mais agradecidos olhos que ela jamais vira no rosto dele em meio século de vida em comum, e ainda conseguiu dizer-lhe com o último alento:

- Só Deus sabe quanto amei você."


Gabriel Garcia Marquez - O Amor nos Tempos do Cólera

sexta-feira, 12 de agosto de 2011




"Por diversos dias eu quis tê-lo e não o tive...Hoje eu quero da vida exatamente o que ela tem me dado: mesmo que isso inclua saudade...e ausência."



Marla de Queiroz



"...finjo o tempo todo, rio, sou alegre, dispersivo, com aquele brilho superficial e ridículo. E em cada fim de noite me sinto um lixo."


CaioFAbreu in Cartas

quinta-feira, 11 de agosto de 2011



"... se você soubesse como ando escuro, como ando perdido, como me distanciei de mim e das coisas em que acreditava."



CaioFAbreu in Cartas


segunda-feira, 8 de agosto de 2011


"E, se o sentimento compartilhado realmente for bacana e precioso para as duas vidas, quem sabe pedir uma para a outra com honestidade: “não desiste de mim.”


Ana Jácomo