quinta-feira, 29 de setembro de 2011



"Mas só muito mais tarde, como um estranho flash-back premonitório, no meio duma noite de possessões incompreensíveis, procurando sem achar uma peça de Charlie Parker pela casa repleta de feitiços ineficientes, recomporia passo a passo aquela véspera de São João em que tinha sido permitido tê-lo inteiramente entre um blues amargo e um poema de vanguarda. Ou um doce blues iluminado e um soneto antigo.
De qualquer forma, poderia tê-lo amado muito. E amar muito, quando é permitido, deveria modificar uma vida - reconheceu, compenetrado. "



CaioFAbreu in Saudades de Audrey Hepburn - Os dragões não conhecem o paraíso

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