segunda-feira, 31 de outubro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
"... avesso às prisões paradisíacas que idiotamente eu preparava com armadilhas de flores e frutas e fitas, quando ele vinha. Paraísos artificiais que apodreciam aos poucos, paraíso de eu mesmo - tão banal e sedento - a tolerar todas as suas extravagâncias, o que devia lhe soar ridículo, patético e mesquinho.
Agora apenas deslizo, sem excessivas aflições de ser feliz."
CaioFAbreu in Os dragões não conhecem o paraíso
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que n'alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.
Luiz Vaz de Camões
'Tomo um café, acendo um cigarro. Durante um minuto, fico pensando em parar. Parar como param os monges budistas. Parar e olhar. Só um minuto. Pronto: agora tenho que sair correndo outra vez para ganhar a vida. Ganhar ou perder? Eu sei a resposta. Mas posso cantar baixinho um velho Roberto Carlos, aquele assim: “Querem acabar comigo/ isso eu não vou deixar”. Juro que não.'
CaioFAbreu, OESP - Caderno 2 - 1987
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
"...essas ventanias de primavera secando rápido nossos cabelos molhados, enquanto uma borboletinha amarela esvoaçava entre nós para escapar depressa no momento exato em que, ali do meu lado, você se debruçou na areia para olhar bem fundo dentro dos meus olhos, depois estendeu o braço lentamente, como se quisesse me tocar num lugar tão escondido e perigoso que eu não podia permitir..."
CaioFAbreu in Uma praiazinha de areia bem clara, ali, na beira da sanga - Os dragões não conhecem o paraíso
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
"Numa cidadezinha perdida, dois malditos que se reconhecem nem que seja necessário sequer falar sobre isso. Uma cumplicidade muda, e tão secreta que, penso, talvez você nunca tenha percebido. Na minha memória - já tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos."
CaioFAbreu in Carta a Oracy Dorneles
PS. A "cidadezinha" é a nossa, minha e de Caio, Santiago. O outro "maldito" é Oracy Dorneles, um gênio/artista/velho/poeta/louco que ainda anda pelas mesmas ruas que eu...
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
"Tão instáveis, hoje aqui, amanhã ali. Eu sei, também já fui assim.
Só que chega um ponto que a gente cansa, que não quer mais saber de aventuras ou de procuras, entende?
Acho que é isso que vocês não são capazes de compreender, que a gente, um dia, possa não querer mais do que tem."
CaioFAbreu in O Ovo Apunhalado
sábado, 15 de outubro de 2011
"Não gosto quando a gente fica falando assim no que não foi, no que poderia ter sido. God! Não aos sábados, principalmente à noite. Não hoje, por favor, hoje não dá, eu tenho. Eu tenho uma sensação meio de amargura, de fracasso. Você me entende? Como se tivesse a obrigação de ter sido, ou tentado ser, outra pessoa."
CaioFAbreu in Pela noite
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
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