Das últimas esperanças arranco o néctar para, no meio da madrugada gelada, sair em busca do que resta do meu irmão consumido pelo álcool. Entre convulsões, alucinações e bichos imaginários, os olhos imploram ajuda. Tremores no corpo. São maiores os t(r)emores da alma. Dignidade perdida pelos botecos fétidos. Nas lágrimas, a lembrança de ter esquecido o aniversário do filho, tão lindo como ele foi um dia. Olhos perdido no tempo. Digo-lhe que ainda tem tempo. Para tudo tem tempo. Minto. Só o que resta de mim, que também tem "vícios" que consomem, alimentado no néctar da minha esperança , é que acredita. O poeta disse que a esperança é uma droga alucinógena. Tomara que ele acredite.
Ana Dal
Que ele acredite, que tu acredites...há sim esperança!
ResponderExcluirInfinito...