sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
E quando eu visto minhas imagens com palavras
você as despe, pois só me conhece assim: nua.
Temos uma história de amor,
mas nunca fui tua.
Nós nem sequer queremos ter além do que temos:
gargalhadas no café da manhã,
confissões na hora do almoço,
e o “boa noite” demorado com gosto de beijo e afago:
coisas que só consegue fazer de longe quem te guarda dentro,
quem está sempre à espreita, ao lado.
Você tão menino com suas estratégias
pra me fazer rir das minhas pequenas tragédias.
Você homem imenso na assertividade:
esqueço que já sou mulher
e viro tua garota, menina estabanada
sem sabedoria, sem verdades.
E a gente sabe que nossas Almas já se abraçavam
desde de a existência de uma janelinha fechada.
E eis que surge a tua face
e a carícia, e a saudade.
Nenhum assombro,
tudo fez sentido.
Eu já te conhecia:
era você que me acalmava
quando acariciava as minhas costas
até que eu dormisse em paz,
naquele sonho.
Marla de Queiroz
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