domingo, 18 de dezembro de 2011


"(...) Deve ser o tempo, a proximidade dos 40 anos (que meeeeedo), as nossas células e neurônios fatigados, mas vai baixando uma humildade tão grande. Reduzi tanto meus sonhos, minhas fantasias, minhas esperanças.
Ando espantado com o tempo. O tempo é a única coisa terrível que existe.
O tempo que passa e leva de arrasto, aparentemente aleatório,
a juventude nossa e dos outros.
Não é amargo, é apenas real. Só hoje começo a compreender certa expressão de espanto inconsolável que muitas vezes percebi nos olhos de meu pai. Meus próprios olhos estão ganhando pouco a pouco uma expressão semelhante".


CaioFAbreu in Carta à Ruy Krebs

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