sábado, 29 de setembro de 2012


 

"Ficariam as marcas depois? Ele sabia que sim. Nenhuma cola conseguiria apagar os sinais da queda, da quebra. Ficariam sempre as arestas, ferindo feito espinho - nem na morte a rosa se livraria de sua sina de ferir. Para sempre o sinal da junção dos pedaços, uma cicatriz fina, persistente e tortuosa, que ele acompanharia com o dedo, devagar, sem nunca encontrar a saída. Porque estava num labirinto."


CaioFAbreu in O Sonho – Limite branco

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