domingo, 25 de novembro de 2012



Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim.
já tão longe de ti, como de mim.
Perde-se a vida, a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria
Não perturbes a paz que me foi dada
Ouvir de novo a tua voz, seria
Matar a sede com água salgada.


Miguel Torga

Nenhum comentário:

Postar um comentário